Nestas alturas, como em tantas outras, faz-me muita falta, a minha mãe. Mesmo.
E não é (só) porque estou a precisar de mimo e de colo.
Faz-me falta A minha mãe.
Para me puxar as orelhas - não creio que o fosse fazer, pelo menos desta vez - mas para me apoiar, tentar animar, tentar ajudar-me a ir em frente. Não iria conseguir eliminar a minha dor (isso só eu e o tempo, os dois, vamos conseguir fazer), mas iria, com toda a certeza, tentar aliviá-la.
Tenho tantas saudades, mãe. Desse sorriso. Dessa gargalhada fabulosa. Dessa alegria contagiante. Do "ninô". Da nossa cumplicidade. São tantas saudades... serve-me o consolo de saber que, pelo menos agora, já não está a sofrer. Esse é o meu consolo.