E agora algo completamente diferente, para animar um pouco este dia cinzentão.
Tenho mais um episódio a juntar à rubrica coisas da K. para vos contar. Como alguns se lembrarão, na semana passada estive em terras do whisky de malte. Algures numa cidade escocesa. Na volta, como é habitual neste tipo de situações, um taxista levou-me do hotel onde estava hospedada para o aeroporto. Um senhor simpático - nem sempre são - e este até já esteve em Lisboa. É giro como, para quebrar o gelo há sempre umas regras que, pouco mais ou menos, são cumpridas. Deixo-os sempre serem eles a iniciar o diálogo. Começam, quase sempre, a falar do tempo (se chove, se está frio, etc. e tal) - nada de diferente dos taxistas de cá, portanto - a seguir perguntam de onde sou e daí começamos a falar de Portugal ou Lisboa. Se não conhecem deviam cá vir. Se já cá estiveram falamos sobre os locais onde andaram. Nada de muito elaborado, conversa de circunstância pura e dura. Mas acho piada. Chegada ao destino observo a quantia marcada: 8,30 £, pelo que pego numa nota de 10 £ para pagar. O simpático senhor diz que são 20 £ - e devo ter feito o meu ar número 23, porque de imediato, ele seguiu o meu olhar e sorridente afirma "aquilo é o relógio". Efectivamente, eu já tinha achado estranho estar a marcar tão pouco - primeiro porque habitualmente o preço é fixo, entre aeroporto e o centro da cidade - e depois, porque, efectivamente, aquele taxímetro aumentava pouco o preço com o tempo.
Boa, K.! You did it again! Naturalmente, soltei uma gargalhada sonora e, enquanto me desculpava, acrescentei que sou um tudo nada distraída (oh duh! como se ele ainda não se tivesse apercebido). O senhor não levou nada da mal e no final ainda mandou uma piada qualquer sobre os taxímetros portugueses - que já nem tomei atenção.
Como atenuante, tenho sempre a desculpa que era manhã bem cedo. Piú! Só eu, para confundir o relógio com o taxímetro. Lindoooo!