Há dias excelentes, memoráveis. Há também os menos bons. Os marcantes. Os decisivos. Este espaço é, apenas, um conjunto de desabafos fruto dos dias que vou percorrendo e da minha (in)sanidade mental. E, tal como eu... tem dias!

Quinta-feira, 04 de Novembro, 2010

Para não variar, continuo a coleccionar feitos inolvidáveis. Memoráveis. Daqueles que para todo o sempre serão recordados por "todó" mundo e o outro. Ou então não... E o que foi agora? Nada de mais... chego ao parque de estacionamento do escritório. Saio, elegantemente do carro (estou de saia, mas, naturalmente, há regras que são sempre para cumprir). Vou ao lugar do pendura buscar a mala e o cartão de acesso ao edifício. No porta-bagagens vou buscar a mochila onde tenho o "portátel" (sempre que viajo com este equipamento que, por sinal, de portátil tem pouco - quem foi o idiota que resolveu chamar portátil a um computador que pesa 3,5 kg? - faço-o com uma mochila, sempre é melhor para as minhas costas. E, basicamente, ainda não voltei a transferir as coisas para a outra "mala" do computador (o bobby). Preparo-me para trancar o carro e... constato que não sei onde está a chave do carro. Recapitulando... eu acabei de chegar. O meu carro funciona com o chave. Eu cheguei de casa aqui. Onde raio resolvi eu meter a chave? Raios! Primeiro pensamento: deve ainda estar na ignição. Não imaginam o número de vezes em que isso sucede! Já vos tinha dito que sou um tudo nada distraída? Vou até lá... nada. Entretanto começam a chegar colegas e devem achar que devo estar a ter um dos meus ataques tresloucados. É que não quero nem saber. Gostava era de encontrar a chave do carro, para poder trancá-lo e ir-me embora. Ainda penso que talvez pudesse virar costas e procurar a chave depois. Rapidamente realizo que acabei de ter um pensamento ilógico. Mais logo será igualmente difícil encontrá-la. Pior, como já será de noite, aí é que não encontro nada.

Refaço todos os passos - imensos! - volto ao banco do pendura. Nada. Inspiro profundamente. Expiro. Resolvo atacar o porta-bagagens. Não está vazio, mas, felizmente não tem assim tanta tralha. Nada. As chaves não estão em lado nenhum. No chão, à partida, não estarão, porque eu não as ouvi cair. Quase esvazio a minha mala toda no porta-bagagens. Nada. Muita coisa, mas nada de chave do carro. Bem, o último local em que resolvo procurar - antes de declarar a minha insanidade - a bela da mochila do portátil. Lá estava ela, a parva, a troçar de mim.

Isto só eu. Tudo porque como tinha umas folhas soltas, resolvi colocá-las na mochila, antes que perdesse alguma pelo caminho. Com a medida preventiva ía perdendo a chave do carro.
Moral da história: mais vale perder uma folha de papel do que a chave do carro.
Afinal de contas, não tens em teu poder segredos de estado assim tão importantes. Tipo: solução para o imbróglio financeiro que décadas e décadas de desgoverno nos deixaram e continuam a manter. Não, nada disso. Por muito confidenciais que sejam alguns assuntos que tens entre mãos. Esquece, K. As chaves do carro são mais importantes. Ah e não te preocupes em tomar mais atenção ao que tens, literalmente, entre as mãos. Aí já sabemos que não tens qualquer remédio. Ah e nós gostamos de ti assim - viram como, de repente, comecei a escrever como se fosse um jogador de futebol? Lindoooo! Vou até ali beber um café, para ver se isto passa.

publicado por K às 08:53

Muito obrigada pela preocupação. Vai-se andando - a ver se daqui a nada consigo redimir-me.
K a 8 de Novembro de 2010 às 13:32


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