Pode não parecer, mas sou daquelas pessoas que, geralmente, consigo desenrascar-me, mesmo nas situações que, à partida, parecem ser mais complicadas. E o que sucedeu hoje? Antes de entregar o carro de substituição, tinha de o atestar. Pois parece que o ibiza e eu não falamos a mesma língua. Porque tentei (e quando eu digo que tentei é MESMO) quase todos os "truques" e manhas de outros carros: abrir e fechar as portas todas, com a chave no "tampão do gasóleo" - parecia mesmo uma tonta na bomba de gasolina. Experimentei rodar para um lado, para o outro. Nada. Fui ao livro de instruções e fiquei logo elucidada: rodar no sentido anti-horário (claro que sei o que é) - simplesmente não funcionava porque o modelo do carro que eu tinha era diferente. Isso ou fizeram uma alteração qualquer ao carro. Lembrei-me que o tipo (o tal ignorante e que chegou atrasado) me tinha dado o número de telemóvel - para o caso de ser preciso. Fiz-me de loira e liguei a perguntar como se abria o depósito do combustível. Disse que tinha de rodar com a chave para um lado, enquanto que, com a outra, segurava o "tampão do gasóleo". Ah, fiquei esclarecida e achava, tinha conseguido levar a melhor. Engano, puro engano. Na tentativa seguinte, nada. Mesmo nada. E o que é pior é que continuava a insultar-me (naturalmente para dentro: já chegava o espectáculo que estava a proporcionar). Sim, sem dar parte fraca e sempre com aquele ar "eu sou menina, não percebo nada disto" - constato, com horror, que a oficina está quase a fechar e eu de volta do tanque de combustível. Saio mesmo sem abastecer. Quando estou quase a chegar ao local onde vou buscar o meu peugeot (e deixar o de aluguer) passo por outra bomba de gasolina (cuja existência nem me lembrava). O.k., derradeira tentativa. Qual a minha sorte? Era daquelas bombas em que alguém abastece por nós - nem sabia que em Lisboa ainda havia destas. Enquanto procurava o cartão multibanco na mala, o rapaz já estava a abastecer - como se realmente fosse uma coisa bastante complicada, abrir o depósito de gasóleo do ibiza, K. , realmente! Senti-me tão tonta. Claro que não disse nada - era o que mais faltava. Saio do carro para pagar, constato que o desgraçado tinha entornado gasóleo (sim, que eu paguei, não vamos por aí agora). Ainda lhe peço desculpa porque não o avisei que o tanque estava quase cheio (e estava mesmo). Isto tudo porque o raio do carro tinha um sistema qualquer de suposta "segurança" que eu não consegui dar com ele - fora isso, continuo a gostar imenso do carro e do modelo.
Consigo chegar a tempo à oficina - antes que a fechem. Dizem que resolveram as minhas queixas - a ver vamos. Enquanto venho para casa constato que em termos de limpeza do carro - e nem sou muito picuinhas com isso, mas quando alguém, supostamente, limpa o carro (por dentro e por fora) há coisas básicas que devem ser atendidas e, não têm sido, das últimas vezes. Como por exemplo? O cinzeiro - não é utilizado há (estou a fazer as contas, toda orgulhosa)... vai fazer oito meses no próximo Domingo - continua com ar de quem, no século passado, foi utilizado; na porta do pendura continuaram vestígios de lixo; o espelho retrovisor tem uma mancha... and "sho one, and sho one". É que se o fazem... façam-no bem!
E depois deste GRANDE devaneio... vou ali afogar as mágoas num petit gateau - alguém é servido?